CASTILHO – “Você não é nada sem mim!”, "Você é histérica!", “Você deu mole!”, “Você quer me ver preso é isso!?” Essas são algumas das frases estampadas nas cruzes fixadas na Praça da Matriz de Castilho, transformando o local simbolicamente num cemitério.
De acordo com Tassiane Beatriz de Souza Silva, coordenadora do CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), cada cruz representa uma mulher vítima de feminicídio por falta de denúncia. “Mostra como a violência psicológica pode levar a violência física e, em alguns casos, ao feminicídio”, diz Tassiane.
Segundo ela, é uma ação simples, mas poderosa. O cemitério simboliza a luta contra as mulheres vítimas de feminicídio e alerta a população sobre a importância de denunciar a violência.
De iniciativa do CREAS, o ato é alusivo ao mês de agosto conhecido como “Agosto Lilás”, mês de combate e conscientização a respeito da violência contra a mulher.
Durante esse mês serão promovidas diversas ações em escolas, como espetáculos teatrais e palestras para conscientizar alunos tanto do Ensino Fundamental, quanto do Médio sobre a violência contra a mulher.
A proposta é levar a mensagem de prevenção em vários grupos e escolas, ensinando como denunciar, como ajudar uma pessoa que está sendo violentada e quais são os tipos de violência. O CREAS também tem grupos de reflexão, como o grupo Acolher para Renascer e o grupo ELAS, que contam com a participação de pessoas que são atendidas pelo setor.
“O município de Castilho tem políticas públicas voltadas para o público violentado, incluindo a Delegacia, o Conselho de Segurança, o CREAS e o CRAS. O objetivo é buscar diminuir o número de mulheres vítimas de violência. O CREAS quer enviar uma mensagem clara à população: a violência contra a mulher não é aceitável e podemos trabalhar juntos para preveni-la. Se você ou alguém que você conhece está sendo violentada, não hesite em denunciar. Estamos aqui para ajudar”, finalizou Tassiane.
Autor: ASSESSORIA DE IMPRENSA